9ª Educação em Foco reúne licenciandos do IFSULDEMINAS no Campus Inconfidentes
O Campus Inconfidentes sediou, no dia 13 de novembro, a nona edição do Educação em Foco, evento institucional que, neste ano, trouxe o tema Licenciaturas em Diálogo: escola, sociedade e cidadania.
Promovido pela Pró-Reitoria de Ensino (Proen) e pela Pró-Reitoria de Extensão (Proex), o evento reuniu 355 participantes, entre estudantes das licenciaturas, bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), servidores e gestores da Reitoria e dos Campi Inconfidentes, Machado, Muzambinho, Passos, Poços de Caldas e Pouso Alegre.
O reitor do IFSULDEMINAS, Cleber Ávila Barbosa, participou da solenidade de abertura e destacou o compromisso do Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) com as licenciaturas. Segundo ele, a instituição trabalha constantemente na articulação entre Ensino e Extensão, tendo como exemplo o PIBID e o próprio Educação em Foco. “Este evento é uma iniciativa muito relevante, pois promove atividades formativas que fortalecem e impulsionam as práticas educativas, alinhadas às demandas da sociedade”, pontuou o gestor.
O pró-reitor de Ensino, Luiz Carlos Dias Rocha, ressaltou o papel do Educação em Foco para o aprimoramento das licenciaturas do IFSULDEMINAS. “Nestas nove edições, o evento tem superado a ideia de uma ação pontual para se tornar um termômetro da qualidade das nossas licenciaturas, se firmando como um espaço essencial de integração, debate e fortalecimento da identidade de servidores e estudantes de diferentes áreas. Sua importância está justamente em criar esta comunidade de futuros educadores, promovendo a soma de saberes e experiências e a reflexão coletiva sobre a prática pedagógica, o que é fundamental para a qualidade da formação que oferecemos”.
Para a pró-reitora de Extensão, o evento reforça a aproximação entre IFSULDEMINAS e comunidade. “A Extensão se faz viva quando aproximamos a escola, a comunidade e os nossos alunos das licenciaturas. Seja pelo estágio docente obrigatório, pelo PIBID ou por outras ações formativas, essa relação cria um movimento concreto de diálogo e troca. Os estudantes vivenciam a realidade escolar, compreendem o território e interagem com as demandas reais da educação básica. Esse vínculo fortalece tanto a formação docente quanto a presença do IFSULDEMINAS na comunidade, mostrando que nossa atuação tem impacto direto no cotidiano das pessoas”.
A coordenadora institucional do PIBID, professora Luciana Buranello, enfatizou a oportunidade dos estudantes compartilharem saberes e vivências durante o evento, para enriquecerem práticas pedagógicas ainda em construção. “É sempre relevante fortalecer a articulação entre Ensino, Pesquisa e Extensão na formação inicial de professores, considerando que é no contexto de eventos como este e das licenciaturas que os futuros professores se tornam parte do processo de formação, constroem sua identidade docente e se preparam para os desafios da sala de aula”. O PIBID atualmente conta com 432 estudantes vinculados e 20 docentes que atuam na execução do programa no IFSULDEMINAS.
Programação
A solenidade de abertura contou com a presença do reitor, dos pró-reitores de Ensino e Extensão e suas equipes, do diretor-geral do Campus Inconfidentes, Luiz Flávio Reis Fernandes, além de servidores e estudantes. Durante a cerimônia, também houve a apresentação cultural do projeto de Extensão Agito, do Campus Inconfidentes.
Em seguida, o professor César Nunes, titular da Faculdade de Educação da Unicamp, apresentou uma conferência sobre Educação, Humanização e Prática Social. Sua fala buscou acolher os participantes e elevar a autoestima da comunidade acadêmica, ao mesmo tempo em que refletiu sobre a responsabilidade dos profissionais na melhoria da qualidade social da Educação e da escola pública.
No período da tarde, quatro grupos de trabalho discutiram temas específicos das áreas de formação das licenciaturas do IFSULDEMINAS, sendo eles: Alfabetização, Pedagogia, Educação Física e Letras; Biologia; Matemática e Química; e Geografia e História. Ao todo, 341 participantes compuseram os grupos.
Os pibidianos e demais alunos das licenciaturas compartilharam saberes e experiências exitosas, discutiram o papel do PIBID na formação docente e destacaram a importância da atuação conjunta entre o IFSULDEMINAS e as escolas públicas municipais e estaduais. Também foi ressaltado o papel dos professores supervisores do PIBID como coformadores, reforçando a construção de uma relação horizontal entre a instituição e a educação básica.
Mostra de Projetos
Encerrando a programação, a Mostra de Projetos das Licenciaturas do Campus Inconfidentes reuniu 50 trabalhos e promoveu um amplo espaço de diálogo sobre áreas como alfabetização, experiências pedagógicas, ciências exatas, ciências humanas e ciências ambientais e da natureza.
Um dos destaques foi o projeto “O Tupi que você fala”, desenvolvido pelos pibidianos Jonas Campos Francisco e Pedro Henrique Rodrigues Narcizo, estudantes da Licenciatura em Pedagogia do Campus Inconfidentes. A iniciativa recebeu o prêmio Paulo Freire 2025, que reconhece ações educacionais de excelência realizadas no âmbito do PIBID em todas as regiões do Brasil.
Executado entre abril a julho deste ano com alunos do 1º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Ester Favilla, no município de Ouro Fino (MG), o projeto utilizou uma obra com palavras de origem tupi como ferramenta no processo de alfabetização e letramento. Os pibidianos também evidenciaram a presença de palavras indígenas no vocabulário cotidiano, como nomes de frutas e animais, com o objetivo de valorizar a importância das culturas originárias na construção da identidade brasileira e inserir no universo das crianças um rico aprendizado sobre o cultivo de alimentos, o cuidado da terra e a biodiversidade nativa.
Jonas reforçou a importância do PIBID para a qualidade de sua formação acadêmica, assim como para o seu desenvolvimento pessoal. “Podemos notar que a conexão entre o Ensino Superior com o Ensino Básico deve ser uma constante na educação brasileira, unindo Pesquisa, Ensino e Extensão e gerando impacto sociocultural em práticas que ampliem o conhecimento sobre as relações étnico-raciais fortemente presentes no país e o respeito pelos povos indígenas, quilombolas, rurais e tradicionais que atuam em proteção à biodiversidade nativa brasileira. Além disso, que possamos valorizar cada vez mais a docência, formando professores e estudantes mais conscientes a respeito das mudanças climáticas, da produção agroecológica de alimentos e preparados para aplicar metodologias de ensino inovadoras”.

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