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E-book "Justiça Climática no Antropoceno" reúne artigos do 18º Congresso Nacional do Meio Ambiente

Publicado: Quarta, 09 de Março de 2022, 09h33 | Última atualização em Quarta, 09 de Março de 2022, 09h39

CAPA 08 EBOOKConfira aqui o e-book Justiça Climática no Antropoceno, que reuniu os melhores artigos apresentados na edição on-line do 18º Congresso Nacional do Meio Ambiente de Poços de Caldas.

O Congresso Nacional de Meio Ambiente é uma realização do IFSULDEMINAS - Campus Muzambinho em parceria com a GSC Eventos Especiais.

Com o mesmo tema do e-book, o evento teve como objetivo incentivar o debate sobre a importância de preservar os diferentes tipos de ecossistemas para um meio ambiente saudável e sustentável.

O projeto do e-book foi organizado pela Pró-Reitoria de Extensão do IFSULDEMINAS, com o apoio da Universidade Vale do Rio Verde - UNINCOR, da Universidade do Estado de Minas Gerais - Unidade Frutal, do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais - Campus Santos Dumont e do instituto Federal da Paraíba - IFPB.

Participaram da organização do livro os servidores: Dra. Arturene Maria Lino Carmo, Dr. Claudiomir Silva Santos, Dr. Fabrício dos Santos Ritá, Me. Generci Dias Lopes, Dr. Gilcean Silva Alves, Dr. Gustavo Henrique Gravatim Costa, Dr. Leandro Gustavo da Silva, Dra. Rosângela Francisca de Paula Vitor Marques, Dra. Tais Arthur Correa e Me. Ronei Aparecido Barbosa.

ACESSE AQUI O E-BOOK: JUSTIÇA CLIMÁTICA NO ANTROPOCENO

Confira abaixo a entrevista que fizemos com dois dos organizadores do e-book, os docentes Dr. Claudiomir Silva Santos e Dr. Fabrício dos Santos Ritá:

1.    Como foi definido o tema Justiça Climática no Antropoceno?

Organizadores: Compreender os desafios enfrentados pela governança global torna-se imprescindível entre todos os elementos envolvidos na defesa do direito ao meio ambiente equilibrado.

Quando pensamos em governança com o enfoque em justiça, estamos abordando a união de todos, tanto para o direito, quanto para a política e as relações internacionais. Governança não se relaciona à governo, mas sim nas múltiplas relações entre os Estados soberanos e as Organizações Internacionais, assim como por ONGs, sociedade civil global e setor privado.

Tendo todos o papel de remodelação de novas ações e proposição de estratégias para as responsabilidades a serem assumidas, a definição dos esforços a serem feitos, o compartilhamento dos custos para resolver o problema, a distribuição dos direitos de emissão e os tipos de agentes que deveriam arcar com os ônus (justiça climática).

O Antropoceno pode ser definido como o tempo geológico mais recente da Terra, no qual a principal matriz de transformação e modificação do planeta é o próprio homem. Apesar do protagonismo do fenômeno das mudanças climáticas, quando se trata de questões ambientais contemporâneas, seus efeitos não dizem respeito apenas às variações no funcionamento do sistema terrestre. Há impacto direto na vida das pessoas com violações a seus direitos fundamentais, como direito à saúde, direito à água potável, direito à dignidade da pessoa humana e outros – o que gera uma dimensão multissetorial na caracterização do Antropoceno: mais do que um problema de cunho geológico e biológico.

2.    Por que essa discussão é importante no contexto atual?

Organizadores: Em contextos tão extremos como esse, é necessário que tenhamos espaços de reavaliação de nosso modo de viver a vida, de redefinição ontológica, de redescrição do presente e do futuro e de reaprendizagens permanentes que possam ressignificar a nossa dimensão existencial ontológica. Esta é a proposta do Congresso Nacional do Meio Ambiente de Poços de Caldas que na sua 18ª edição, sintonizado com as questões do nosso tempo, assume o protagonismo em enfrentar os desafios gigantes de pensar e problematizar em inúmeros espaços o ambiente inteiro a partir da temática geradora dessa edição: A justiça Climática no Antropoceno.

3.    De que forma uma discussão sobre este tema pode impactar na redução dos efeitos climáticos que vivemos atualmente?

Organizadores: A discussão acadêmica com a comunidade, com os órgãos públicos e com a iniciativa privada evidencia a representação da transição ambiental como um movimento ontológico de “estar sendo no mundo”, nas suas múltiplas relações com o universo de onde necessitamos ampliar nosso olhar e a “forma de ser” no sentido de buscarmos compreender mais e melhor a vida.

Reconhecer o campo ambiental como um dos campos mais fecundos é uma premissa em sensibilizar, mobilizar, conscientizar, o humano para mudanças urgentes fundamentais. Essas mudanças apontam para o que buscávamos de modo mais tênue, mas que, no entanto, não tínhamos a coragem de fazer.

4.    Quais medidas são emergenciais para reduzir tais efeitos climáticos?

Organizadores: Inicialmente a discussão das pesquisas desenvolvidas e de projetos com propostas de mitigação e solução das formas de produção, consumo, obtenção de matéria prima, etc.

Compreender os efeitos climáticos mais do que um problema de cunho geológico e biológico, e sim como um fenômeno que perpassa questões políticas, econômicas e, sobretudo, sociais. Os impactos sociais e ambientais decorrentes das mudanças climáticas não se distribuem igualmente em todas as regiões.

Responsabilizar todos como elementos de mudança e estimular a representação civil no exercício dos direitos previstos na Constituição e nos Pactos assumidos pelos países em prol da responsabilidade do ônus causados no planeta.

Proteção da vida na terra como direito do homem, das plantas, e dos animais.

Experenciar o seu papel no mundo e a sua vida no planeta como forma de garantir o futuro das próximas gerações.

Difundir trabalhos acadêmicos, artigos, projetos bem sucedidos e iniciativas com soluções inovadoras através do evento.

TEXTO: ASCOM

IMAGEM: Capa do e-book criada pelo organizadores

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