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A História do Sr. Pascoal Casagrande sob o olhar da filha Regina.

Publicado: Sexta, 29 de Dezembro de 2023, 11h13 | Última atualização em Terça, 02 de Janeiro de 2024, 15h51

A história do IFSULDEMINAS - Campus Muzambinho foi escrita a muitas mãos. O esforço coletivo e a força de vontade está cravada em cada tijolo assentado, cada pilastra, cada corredor. Alguns destes nomes atravessaram gerações, como o do Dr. Lycurgo Leite, mas eles nunca estiveram sozinhos. Houve muitas personagens que, com sua contribuição e força de vontade, pavimentaram o caminho para que nossa instituição se tornasse a referência que é hoje; Talvez seus nomes surjam de maneira mais tímida nas páginas da história, mas é vital que se reconheça: Foram gigantes à sua maneira. 

Hoje nós contamos a história do saudoso Sr. Pascoal Casagrande, um dos pioneiros na construção desta escola, e não há ninguém mais adequado para falar sobre este homem que Regina Maria Casagrande Silva, sua filha.

Foi com grande orgulho que aceitou nosso convite para homenagear a memória de seu pai, um descendente de italianos que ela recorda como alguém bastante proativo e bem-humorado, que levava alegria aonde quer que fosse. capa materia Pascoal 2 

Pascoal passou por diversos setores e funções: foi motorista, mecânico e pintor, e em cada função exercida demonstrou grande perícia e entusiasmo. Veio para esta instituição por indicação de um colega, pois recorda-se que era homem de muito valor e disposição para o trabalho, exatamente o tipo de perfil que esta instituição precisava à época.

Quando ingressou, Pascoal ainda era bastante jovem, na casa dos 25 anos, e não havia sequer um tijolo assentado nesta colina que hoje abriga o Campus Muzambinho.

Foi ele, inclusive, quem foi incumbido de transportar material para a construção de nossos primeiros prédios; A função de motorista, inclusive, foi a primeira e mais marcante função do Sr. Pascoal, aquela pela qual ela ficou conhecido entre seus pares. 

Suas viagens incluíam São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, dentre outros, e Dona Regina se recorda como ela, a mãe e os irmãos se sentiam solitários quando o pai se ausentava por conta da distância. Mas o orgulho pelo pai era ainda maior, e todos compreendiam o valor daquelas missões para Pascoal, cujo amor por essa instituição inspirava a todos os colegas. 

Inspirou até mesmo os diretores com os quais conviveu e a quem serviu ao longo dos anos. Conta-se que era homem de confiança, e que conquistou a amizade dos gestores, tal como o Dr. Hercílio, que vez ou outra visitava a casa e a família do trabalhador. 

E era difícil não se entusiasmar com o ânimo do Sr. Pascoal, que não poupava esforços durante seu ofício: Transportou alunos em diversas ocasiões, várias vezes ao dia, e até mesmo aos sábados e domingos, e por este mesmo motivo caiu também nas graças dos estudantes, sendo visto como uma figura paterna e uma boa companhia para se prosear. 

Uma das mais importantes viagens de sua vida foi com destino à Capital, quando a comitiva transportada por ele foi requerer para este campus o curso Técnico Agrícola; E eles conseguiram! Foi com esta grande conquista que o Sr. Pascoal trouxe de volta uma comitiva empolgada e que entrou para a história desta instituição. 

Pascoal estava sempre pronto e a postos, e dona Regina se recorda como o caminhão estava sempre estacionado diante da casa da família, pois ele sabia que podia ser convocado a qualquer momento, fosse de dia, de madrugada, para transportar alunos ou qualquer outra missão que lhe fosse incumbinada; Não importava o dia ou horário, pois Pascoal estava obstinado em servir da melhor maneira possível, conforme relatou sua filha, Dona Regina.

Como não poderia deixar de ser, Pascoal fez o possível para ver os filhos nesta instituição, e três deles se formaram nesta casa.

Afinal, o amor de Pascoal pela escola contagiou também a família, e Dona Regina se recorda de maneira bastante nostálgica os tempo áureos desta instituição, dos campos floridos, dos passeios, dos animais, da cachoeira;

O saudoso Sr. Pascoal nos deixou ainda jovem, com apenas 45 anos, vitimado por um AVC no ano de 1969, mas sua curta passagem por esta instituição foi memorável, rendendo histórias que vale a pena recordar. 

Hoje, a família do Sr. Pascoal ainda compartilha do mesmo entusiasmo, e seus netos e bisnetos ainda visitam a escola para mergulhar neste clima bucólico que encantou o avô, um descendente de italiano cuja história está eternizada em cada canto destes corredores, os quais ele mesmo ajudou a construir com grande determinação e alegria.

 

Mensagem de Dona Regina.

Ao término de nossa entrevista, Dona Regina, filha do Sr. Pascoal, deixou uma mensagem dedicada aos 70 anos desta casa: 

“O que eu desejo, de coração, é que a escola cresça cada vez mais. Parabéns! Parabéns pelos 70 anos… é igual eu te falei, e vou repetir, esse Instituto aqui é uma bênção de Deus, que tem gente de todo lado, de tantos lugares, né? Agora ainda tem as meninas, por que antes eram só meninos, né? Inclusive, eu tenho uma neta que estudou aqui também”.

[...] É um lugar sagrado, um lugar santo aqui. Deu muito emprego pra muita gente, assim como meu pai, que tirou o sustento daqui, né? Cuidou da família. Além disso, dá estudo e serviço pra tanta gente, e está aumentando mais, né? A gente fica sabendo que abrindo mais cursos e mais cursos…

Você pode passar 5 ou 6 meses sem vir aqui, mas quando você vem, tem uma coisa diferente! [...] Que Deus abençoe muitos aos funcionários, Diretor, e que abençoe a todos vocês”.


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